domingo, 28 de dezembro de 2014

Carta sem remetente ...

Tenho saudades, saudades de momentos, dos nossos momentos, O momento em que te conheci, em que senti aquela aragem no cabelo, ouvi o som do mar à minha volta, Lembro-me da pouca atenção que te dei, do pouco que me importei com a tua simpatia, pode-se até considerar que te ignorei durante os meses seguintes, mas houve um dia, um dia em que algo mudou.
Algo acendeu na minha vida, passei a ver-te de uma forma diferente, lembro-me como se fosse hoje, o nosso reencontro, o momento que me dei a conhecer e em que te conheci. Os nossos primeiros olhares sinceros, o nosso primeiro beijo, o nosso primeiro momento a sós. A pessoa que nunca tinha pensado poder dar atenção, foi a pessoa que mudou o meu coração, A teu lado senti-me uma pessoa diferente, senti-me alguém melhor que não se preocupava só comigo. Gostava de quando me fazias rir consecutivamente, adorava quando me mostravas a tua anormalidade juntamente com a minha, cantavamos juntos e dançavamos de uma maneira estranha e depois dizias que era trenga e beijavas-me de seguida, adorava quando cozinhavas para mim, quando me fazias sentir tua e tu meu. Quando me tratavas bem e me levavas a passear, quando dizias que tinhas saudades, quando não querias admitir que gostavas de mim, gostava quando me fazias aquela olhar safado e dizias que assim não me resistias. Mas também havia coisas que detestava, detestava que não me respondesses a mensagens, que ficasses alguns dias sem me dizer nada sem uma explicação concreta, que quando estava chateada contigo não resistisse a ver os teus olhos verdes, o teu cabelo loiro, os teus lábios grossos e beijar-te e há uma coisa que continuo a odiar, odeio ter saudades tuas. Ter saudades tuas e guarda-lo para mim, mante-lo escondido e dizer que já te esqueci, ler o teu nome no telemóvel e tentar não pensar em ti, escrever mensagens e não as enviar. Não sei, não sei ao certo o que se passou entre nós, afastamo-nos após alguns meses juntos, confundes-me quando me ligas ou mandas uma mensagem inesperada e depois deixas de responder, confundes-me. Não sei, não sei o que significa, sei que não me esqueço, não me esqueço de nada que aconteceu entre nós.
Não quero que saibas que tenho saudades, não quero que saibas que ainda me preocupo contigo, mas o certo é que sim e que isso não se apagará assim. Alguns amigos meus dizem que sou burra, outros que não nos entendem, daí já não falar com eles sobre ti, guardo-o só para mim, mas tudo tem o limite.
Desabafo então no meu blog, porque sei que nem sabes da sua existência, não o partilharei no facebook, porque não quero que penses que me importas ainda, mas importas, importas realmente.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Sentimentos

A vida é uma treta
Tenho tanto para falar 
E tão pouco para dizer

Acordamos e dormimos, 
Nascemos e morremos
Dias curtos e longos
Obstáculos que nos travam. 

Hoje sei quem sou 
Pelo menos penso que sim 
Um dia bom outro mau 
Mas isso fica só para mim, 

Lembro bem do dia,
Do dia que conheci
Do dia que me agarrei
E do dia que perdi, 

Coisas óbvias 
Deixam de o ser 
Momentos longos 
Me proíbem de viver 

Acordo com sono
levanto cansada, 
vivo bem,
ou viverei encalhada? 
 
Pergunto não respondo
Falo não minto
Sinto não finjo
Estarei eu num labirinto?

Rua fora percorro
Diurna ou noturna 
Com música nos ouvidos
Alma profunda
Não sei se morro
Ou já estou morta
Mas o coração 
Parece uma porta

Abre, fecha
Guinchar meio lamecha
Mas sinto a força de bater
O meu coração a estremecer

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

...

Entrar no blog
e pensar o que dizer
Ter tanto para contar 
e não saber como o fazer

Dias passam 
Momentos também
A cabeça reage a tudo
tal como lhe convém

Meses do ano
Formas de viver 
Fico confusa
O que irei fazer?

Pensava nisso 
Enquanto esperava
pelo dia 
em que algo mudava 

Tinha pensamentos
que não me deixavam dormir
Algo os atormentava
e mudava o que estaria para vir

Sonhar era viver
Ou ajudava ou piorava
Mas o certo é que era o escape
Para o que eu presava 

sábado, 24 de maio de 2014

Vingança

Sinto-me insegura, não sei quem sou,
Desde aquele momento sinto que tudo mudou

Era eu, eras tu, era ela
Coisas que não fariam sentido, coitada dela
Estavas com medo o meu apoio te dei
Aproveitaste a minha ajuda 
E eu inocente aceitei

Diria noutros tempos que não o faria
Mas o fiz
E quando fiz, percebi a estupidez 
Fazendo algo que me arrependeria

Sentir-me-ia melhor ao fazê-lo?
Julgava que sim
Mas a realidade é que tive pena,
Dela e de mim

Já nada poderia fazer para mudar
E tu continuavas a tentar

Foi aí que percebi quais eram as intenções,
Que nada era em vão
E tu continuavas a jogar a três
E ela a sofrer sem sequer saber

Mas o que via como vingança
Era eu a ser uma criança
Porque nada mudara
Apenas piorara

A vida é assim
Tem um início e um fim, 
Erramos uma vez
Logo de seguida erramos mais três.